domingo, 6 de dezembro de 2009

GUERRA FRIA

A Guerra Fria


A Guerra Fria tem início logo após a Segunda Guerra Mundial, pois os Estados Unidos e a União Soviética vão disputar a hegemonia política, econômica e militar no mundo.
A União Soviética possuía um sistema socialista, baseado na economia planificada, partido único (Partido Comunista), igualdade social e falta de democracia. Já os Estados unidos, a outra potência mundial, defendia a expansão do sistema capitalista, baseado na economia de mercado, sistema democrático e propriedade privada. Na segunda metade da década de 1940 até 1989, estas duas potências tentaram implantar em outros países os seus sistemas políticos e econômicos.
A definição para a expressão guerra fria é de um conflito que aconteceu apenas no campo ideológico, não ocorrendo um embate militar declarado e direto entre Estados Unidos e URSS. Até mesmo porque, estes dois países estavam armados com centenas de mísseis nucleares. Um conflito armado direto significaria o fim dos dois países e, provavelmente, da vida no planeta Terra. Porém ambos acabaram alimentando conflitos em outros países como, por exemplo, na Coréia e no Vietnã.Paz Armada
Na verdade, uma expressão explica muito bem este período: a existência da Paz Armada. As duas potências envolveram-se numa corrida armamentista, espalhando exércitos e armamentos em seus territórios e nos países aliados. Enquanto houvesse um equilíbrio bélico entre as duas potências, a paz estaria garantida, pois haveria o medo do ataque inimigo.
Nesta época, formaram-se dois blocos militares, cujo objetivo era defender os interesses militares dos países membros. A OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte (surgiu em abril de 1949) era liderada pelos Estados Unidos e tinha suas bases nos países membros, principalmente na Europa Ocidental. O Pacto de Varsóvia era comandado pela União Soviética e defendia militarmente os países socialistas.Alguns países membros da OTAN : Estados Unidos, Canadá, Itália, Inglaterra, Alemanha Ocidental, França, Suécia, Espanha, Bélgica, Holanda, Dinamarca, Áustria e Grécia.
Alguns países membros do Pacto de Varsóvia : URSS, Cuba, China, Coréia do Norte, Romênia, Alemanha Oriental, Iugoslávia, Albânia, Tchecoslováquia e Polônia.
Corrida Espacial
EUA e URSS travaram uma disputa muito grande no que se refere aos avanços espaciais. Ambos corriam para tentar atingir objetivos significativos nesta área. Isso ocorria, pois havia uma certa disputa entre as potências, com o objetivo de mostrar para o mundo qual era o sistema mais avançado. No ano de 1957, a URSS lança o foguete Sputnik com um cão dentro, o primeiro ser vivo a ir para o espaço. Doze anos depois, em 1969, o mundo todo pôde acompanhar pela televisão a chegada do homem a lua, com a missão espacial norte-americana.
Caça às Bruxas
Os EUA liderou uma forte política de combate ao comunismo em seu território e no mundo. Usando o cinema, a televisão, os jornais, as propagandas e até mesmo as histórias em quadrinhos, divulgou uma campanha valorizando o "american way of life". Vários cidadãos americanos foram presos ou marginalizados por defenderem idéias próximas ao socialismo. O Macartismo, comandado pelo senador republicano Joseph McCarthy, perseguiu muitas pessoas nos EUA. Essa ideologia também chegava aos países aliados dos EUA, como uma forma de identificar o socialismo com tudo que havia de ruim no planeta.
Na URSS não foi diferente, já que o Partido Comunista e seus integrantes perseguiam, prendiam e até matavam todos aqueles que não seguiam as regras estabelecidas pelo governo. Sair destes países, por exemplo, era praticamente impossível. Um sistema de investigação e espionagem foi muito usado de ambos os lados. Enquanto a espionagem norte-americana cabia aos integrantes da CIA, os funcionários da KGB faziam os serviços secretos soviéticos.
"Cortina de Ferro"
Após a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em duas áreas de ocupação entre os países vencedores. A República Democrática da Alemanha, com capital em Berlim, ficou sendo zona de influência soviética e, portanto, socialista. A República Federal da Alemanha, com capital em Bonn (parte capitalista), ficou sob a influência dos países capitalistas. A cidade de Berlim foi dividida entre as quatro forças que venceram a guerra : URSS, EUA, França e Inglaterra. No final da década de 1940 é levantado Muro de Berlim, para dividir a cidade em duas partes : uma capitalista e outra socialista. É a vergonhosa "cortina de ferro".
Plano Marshall e COMECON
As duas potências desenvolveram planos para desenvolver economicamente os países membros. No final da década de 1940, os EUA colocaram em prática o Plano Marshall, oferecendo ajuda econômica, principalmente através de empréstimos, para reconstruir os países capitalistas afetados pela Segunda Guerra Mundial. Já o COMECON foi criado pela URSS em 1949 com o objetivo de garantir auxílio mútuo entre os países socialistas.
Envolvimentos Indiretos
Guerra da Coréia : Entre os anos de 1951 e 1953 a Coréia foi palco de um conflito armado de grandes proporções. Após a Revolução Maoista ocorrida na China, a Coréia sofre pressões para adotar o sistema socialista em todo seu território. A região sul da Coréia resiste e, com o apoio militar dos Estados Unidos, defende seus interesses. A guerra dura dois anos e termina, em 1953, com a divisão da Coréia no paralelo 38. A Coréia do Norte ficou sob influência soviética e com um sistema socialista, enquanto a Coréia do Sul manteve o sistema capitalista.
Guerra do Vietnã: Este conflito ocorreu entre 1959 e 1975 e contou com a intervenção direta dos EUA e URSS. Os soldados norte-americanos, apesar de todo aparato tecnológico, tiveram dificuldades em enfrentar os soldados vietcongues (apoiados pelos soviéticos) nas florestas tropicais do país. Milhares de pessoas, entre civis e militares morreram nos combates. Os EUA saíram derrotados e tiveram que abandonar o território vietnamita de forma vergonhosa em 1975. O Vietnã passou a ser socialista.
A Era Gorbachev - o fim da Guerra Fria (1985-1991)

Mudanças políticas na Europa após 1989, incluindo a reunificação alemã
Depois da de Brezhnev, a União Soviética teve duas rápidas governanças (Yuri Andropov e Konstantin Tchernenko), mas estes morreram pouco tempo depois de chegar ao cargo político máximo. Seguinte a Tchernenko, foi eleito Mikhail Gorbachev, cuja plataforma política defendida era a necessidade de reformar a União Soviética, para que ela se adequasse à realidade mundial. Em seu governo, uma nova geração de políticos tecnocratas - que vinham ganhando espaço desde o governo Khrushchov - se firmou, e impulsionou a dinâmica de reformas na URSS e a aproximação diplomática com o mundo ocidental.
Perestroika e Glasnost
Gorbachev, embora defensor de Karl Marx, defendeu o liberalismo econômico na URSS como a única saída viável para os graves problemas econômicos e sociais. A União Soviética, desde o início dos anos 70, passava por grande fragilidade, evidenciada na queda da produtividade dos trabalhadores e a queda da expectativa de vida. A alta nos preços do petróleo no período 1973-1979 e a nova alta de 1979-1985, deram uma sobrevida temporária a um sistema econômico que já estava falido. A crise econômica mundial dos anos 1980, a escassez de moedas fortes e a queda no preço das commodites exportadas pela URSS (petróleo e alimentos), ajudaram a aprofundar a crise do sistema econômico planificado soviético.
Richard Nixon e Mikhail Gorbachov em Genebra, Suíça, em 1985.
Os gastos militares estavam tornando-se muito altos para uma economia como a soviética, planificada, extremamente burocratizada e com cerca de metade do PIB dos EUA. A economia de mercado dos EUA era muito mais competitiva e permitia o repasse acelerado de tecnologias militares e aeroespaciais de ponta para o setor civil. Na URSS tudo que seria produzido era previamente planejado nos Planos Quinquenais. A burocracia dificultava qualquer transferência de tecnologia sensível para o setor produtivo civil e toda a produção agrícola era milimetricamente planejada. Quando ocorre o acidente nuclear de Chernobil 1986, toda a produção agrícola daquele ano foi perdida, os gastos inesperados foram enormes e o Estado que havia planejado exportar uma safra recorde de grãos, teve que importar comida. Rapidamente começava a faltar até mesmo pão no país que havia sido o maior produtor mundial de trigo. Somando-se aos custos do envolvimento de meio milhão de homens no Afeganistão durante os anos 1980, mais os gastos militares da nova corrida armamentista, conhecida como segunda Guerra Fria, aquela enorme economia engessada colapsou.
Frente a estes problemas, Mikhail Gorbachev aplicou dois planos de reforma na URSS: a perestroika e a glasnost.
Perestroika: série de medidas de reforma econômicas. Para Gorbachev, não seria necessário erradicar o sistema socialista, mas uma reformulação deste seria inevitável. Para tanto, ele passou a diminuir o orçamento militar da União Soviética, o que implicou em diminuição de armamentos e a retirada das tropas soviéticas do Afeganistão.
Glasnost: a "liberdade de expressão" à imprensa soviética e a transparência do governo para a população, retirando a forte censura que o governo comunista impunha.
A falta de democracia, o atraso econômico e a crise nas repúblicas soviéticas acabaram por acelerar a crise do socialismo no final da década de 1980. Em 1989 cai o Muro de Berlim e as duas Alemanhas são reunificadas. No começo da década de 1990, o então presidente da União Soviética Gorbachev começou a acelerar o fim do socialismo naquele país e nos aliados. Com reformas econômicas, acordos com os EUA e mudanças políticas, o sistema foi se enfraquecendo. Era o fim de um período de embates políticos, ideológicos e militares. O capitalismo vitorioso, aos poucos, iria sendo implantado nos países socialistas.


GLOBALIZAÇÃO

O mundo em que vivemos, é mutável e turbulento, onde as mudanças são constantes,e a descontinuidade representa um mundo onde a mudança não se faz por etapas sucessivas e lógicas.
A descontinuidade provoca uma total ruptura com o passado e torna-se difícil qualquer previsão a respeito do futuro. O sucesso das organizações dependerá da sua capacidade de ler e interpretar a realidade externa. A ênfase pragmática nas técnicas e no “como fazer as coisas” com a utilização de fórmulas e receitas universais de gerência já utilizadas com sucesso, sem que visualize cada situação como uma nova e diferente coisa. A sociedade precisa hoje em dia estar perfeitamente informada a respeito de forças e variáveis como a competitividade, o desenvolvimento tecnológico e a informação.

A globalização e a competitividade


Existe uma nova ordem mundial . A globalização da economia ela está derrubando fronteiras, ultrapassando diferentes línguas e costumes e criando um novo mundo inteiramente diferente. As fronteiras do mundo estão desaparecendo rapidamente,os líderes governamentais tornam-se preocupados com a competitividade econômica de suas nações, enquanto os líderes das grandes organizações se voltam para competitividade organizacional em uma economia globalizada. O mundo da globalização oferece, de um lado oportunidades inéditas de prosperidade econômica e por outro lado é extremamente exigente no preparo dos outros países para usufruir das novas oportunidades.
A globalização é um fenômeno mundial e irreversível, que apresenta os seguintes aspectos:
O desenvolvimento e intensificação da tecnologia da informação(TI) e dos transportes, fazendo do mundo uma verdadeira aldeia global;
A ênfase no conhecimento e não mais na matérias-primas básicas;
A formação de espaços pluri- regionais ( como Nafta, comunidade Européia, Mercosul );
A internacionalização do sistema produtivo, do capital e dos investimentos;
A gradativa expansão dos mercados;
As dificuldades e limitações dos Estados modernos;

O predomínio das formas democráticas do mundo desenvolvido.

Na globalização as relações econômicas superam os controles e barreiras dos países, numa incessante tentativa de produzir melhor a um custo menor em todo mundo. Ë evidente que a globalização da economia favorece os países mais desenvolvidos, pois estes possuem melhor tecnologia , maiores recursos e estabilidade econômica permanente, sendo sua capacidade de produzir em larga escala, por um preço mais reduzido, superior à dos países emergentes.
Por outro lado, a globalização da economia impõem um aumento de produtividade real e dificulta a luta e inúmeros segmentos por uma melhoria de competitividade, ao desnível de seu potencial produtivo, onerando por defasagem cambial, juros mais elevado e carga tributária cumulativa incidente apenas sobre os produtos nacionais e não sobre estrangeiros.


O Brasil em um Mundo Globalizado

Não é de agora que o Brasil apresenta transformações tecnológicas que se manifestam na sociedade brasileira. Mas foi desde 1990 que a globalização teve maior impacto. Nesse período a economia brasileira passava por uma série de crises: déficit público elevado; escassez de financiamento para atividade produtiva e para ampliação de infra-estrutura; inflação; no final da década de 80 a inflação chegou a 80% ao mês, e os preços subiam diariamente.

No inicio da década de 90, o Brasil passa a adotar idéias liberais, abrindo o seu mercado interno, criando maior liberdade para a entrada de mercadorias e de investimentos externos, derrubando assim, algumas barreiras protecionistas. A idéia era ter o capital estrangeiro como ajuda para retomar ao crescimento econômico.

Alegava-se que a economia ia ser beneficente para as empresas nacionais, estimulando o desenvolvimento e recuperar atrasos em alguns setores. Esperava-se, que a economia brasileira fosse mais competitiva, em a ajuda de subsídios e protecionismo.

Subdesenvolvimento

O subdesenvolvimento se caracteriza por problemas sociais e econômicos no interior de um país. Mas nem todos os países subdesenvolvidos são iguais entre si. Alguns tem elevada capacidade de produção e atraem investimentos do exterior, como é o caso do Brasil. Outros estão praticamente excluídos da ordem econômica mundial e depende de ajuda humanitária para a sobrevivência da população.

Isso mostra que o processo da globalização tem sido bem diferentes entre os países ricos e os pobres, sendo que a pobreza tem aumentado até em países ricos.Apesar de a globalização ter acentuado os problemas nos países do norte, tem sido bem mais grave nos países do sul, que possuem recursos limitados.

As diferenças entre os países do mundo atual são enormes. Os países do G8 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Canadá) são responsáveis pela produção de cerca de 56% de toda a riqueza do mundo. Todos os outros países, aonde vivem 85% da população, produzem os 44% restantes.

Essas diferenças sócio-econômicas tendem aumentar a cada ano com o desenvolvimento técnico-científico acelerado e concentrado nos países desenvolvidos. Segundo o Relatório de 2002 do Estudo de População das Nações Unidas, cerca de três milhões de pessoas vivem com menos de três dólares por dia.

O desenvolvimento tecnológico é bem importante para o processo de globalização, e o Brasil no inicio do século XXI ocupava a 43° posição do ranking de conquistas tecnológicas.

Novas idéias?

O Consenso de Washington refere-se a um conjunto de idéias criadas, em 1989, visando ajudar no desenvolvimento da América Latina.

O economista John Willianson reuniu o consenso de alguns pontos principais propostos pelas grandes instituições financeiras. De acordo com o Concurso de Washington, os países teriam de:

- diminuir a dívida do governo, para isso promover o corte de salários e demissões dos funcionários públicos em excesso, e realizar mudanças nas leis trabalhistas, na previdência social, e na aposentadoria.

- Promover uma reforma no sistema de arrecadação e atribuição de impostos, para que as empresas pagassem meios e tivessem mais chance de competitividade.

O Consenso de Washington também propunha a abertura comercial, o aumento de facilidades para saída e entrada de capitais, e a privatização de empresas estatais.

Seguir as sugestões do Consenso não eram obrigatórias, mas eram necessário cumpri-las para receber ajuda financeira externa e atrair capitais estrangeiros.

Abrindo a Economia no Brasil

Foi por volta de 1990 que o Brasil reduziu os impostos de importação, e os produtos importados passaram a entrar de forma bem ampla no mercado brasileiro. A oferta de produtos cresceu, e os preços permaneceram os mesmos ou caíram; esses produtos importados passaram a tomar o espaço das industrias nacionais, que foram obrigadas a fechar. A balança comercial acumular déficits por vários anos no decorrer de 1990.

O governo, também, passou a incentivar por meio de incentivos fiscais e privatização das empresas estatais, os investimentos externos no Brasil.

Com a rapidez da abertura da economia brasileira, muitos empresas nacionais não se adaptaram a nova regra: “é melhor vender do que falir”. Em apenas uma década as multinacionais dobraram sua participação na economia brasileira, passaram a comprar algumas empresas nacionais ou se associaram a elas.

As multinacionais investem principalmente em tecnologia, contribuindo para a geração de cortes de empregos. De uma maneira geral, nos setores em que ocorreu a privatização, diminuíram os empregos e as condições de trabalho pioraram.

Na mesma proporção da abertura do mercado o desemprego aumentou, e a possibilidade de voltar ao mercado de trabalho fica cada vez mais distante, pois as vagas vão sendo preenchidas pelas novas tecnologias de produção e sistemas informatizados.

Mesmo com a abertura de postos de trabalho em setores que mostraram crescimento, como turismo, publicidade, telefonia, não compensaram os que foram fechados.

Poucos países adotaram amplamente as idéias neoliberais, e ingressaram de foram plena no processo de globalização. Isso ocorreu penas em alguns países da América latina, côo por exemplo o Brasil. Outros países, como a China e Índia, preferiram mais restrita e gradual, exigindo a instalação de industrias em setores estratégicos e em associações com empresas nacionais.

A partir do final do século XX, as mudanças estão sendo tão intensas que trabalhadores e empresas ainda estão tentando se adaptar a nova realidade.

A privatização das empresas permanecia no centro dessas mudanças. Mas outras mudanças ocorriam no Brasil, como a concessão para explorar os sistemas de transporte, o fim da proibição da participação de empresas estrangeiras nos setores de comunicações e o fim do monopólio da Petrobrás para exploração de petróleo.

Alegavam que as empresas estatais estavam endividadas, e só davam prejuízos, sobrevivendo apenas com a ajuda de subsídios do governo. Em alguns casos essa afirmação era verdadeira, mas em outras não, e foi nessas que ocorreram as maiores privatizações. Como por exemplo, o Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional, que, apesar de terem altas dívidas, davam bastante lucro ao Brasil, e tinham condições de cumprir os seus compromissos financeiros.

A privatização sofreu inúmeras críticas. Por exemplo: parte do dinheiro foi emprestado pelos cofres públicos, para a privatização, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Alem disso, para atrair compradores, pagar as dividas das empresas, elevou-se as tarifas de telefonia e energia.

Com a privatização de setores estratégicos, o Brasil, passou a se caracterizar por um processo de desnacionalização da economia. Em meados do século XXI, entre as 500 maiores emersas do mundo, 400 estavam instaladas no Brasil.

A ampliação das empresas estrangeiras, e da presença do capital estrangeiro não ajudou em elevar as taxas de crescimento econômico. O que ocorreu foi simplesmente a substituição da empresa nacional pelo capital estrangeiro.

Multinacionais brasileiras

As empresas brasileiras também tem participação em investimentos externos, e estão presentes em outros países. Em uma década o numero de empresas brasileiras em outros países elevou 500%. Em 2001, havia 350 empresas instaladas no exterior.

Apesar desse aumento da participação do Brasil no comércio mundial, ela continua sendo reduzida. A participação do Brasil representa cerca de 1% de todas as transações que ocorrem no mundo. As exportações brasileiras são: café, açúcar, minério de ferro e outros produtos que possuem baixo valor comercial. Por outro lado, as importações do Brasil são bens de consumo de alta tecnologia, e possuem valor elevado.

Os produtos brasileiros ainda precisam entrar as medidas protecionistas dos países desenvolvidos. Por exemplo: a agropecuária, que se tornou bem competitiva, tem dificuldades para entrar nos Estados Unidos, Japão e União Européia. Nesses países os produtos recebem taxas até ficaram com um preço elevado, e os agricultores locais recebem subsídios que são proibidos pelas regras da OMC.

Exportações brasileiras


O Brasil no Mercosul

As relações comerciais entre do Mercosul, tiveram avanços e vários projetos de infra-estrutura, que começaram a ser desenvolvidos com o aumento desse mercado.

Os países que fazem parte do Mercosul, representam cerca de 42% da população da América do Sul, e mais da metade do valor da economia que é produzida nesta parte do continente.

Junto com a Bolívia, que teve participação no Mercosul como membro-associado a uma zono de livre comercio, o Brasil construiu o maior gasoduto da América latina, que liga a Bolívia aos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo e Minas Gerais.


Em 1999, passou a surgir algumas divergências entre Brasil e Argentina. Devido a crise econômica, principalmente na Argentina, fez com que o comércio dentro do bloco sofresse uma queda. Apesar de ser uma união aduaneira, o Mercosul, tem apresentado ser semelhante a uma integração de uma zona de livre comércio.

Brasil e a Alca

O continente americano reúne, de um lado os Estados Unidos e Canadá, países desenvolvidos e com alto índice tecnológico. E do outro, países bem obres, que baseiam sua economia na agricultura ou extração mineral, como o Haiti, Bolívia, Guiana.

E o Brasil, do ponto de vista econômico, fica numa situação intermediaria. O Brasil e outros países latino-americanos, não tem condições de competir com as empresas dos Estados Unidos. E os países que se negarem a participar da Alca podem sofrer represálias, que dificultariam a sua situação econômica. Alem do mais, o Brasil é dependente da economia norte-americana, cerca de 30% das exportações brasileiras, são para os Estados Unidos.

Mas é preciso levar em consideração que o Brasil é importante para os Estados Unidos, pois sozinho corresponde a cerca de 70% da economia de toda a América do Sul.

O mercosul, junto com a Comunidade Andina (CAN), estão buscando maior integração para fortalecer sua capacidade de negociação frente aos Estados Unidos.

Mas, por enquanto, não estamos numa situação de preocupação com a Alca, pois parece que esse assunto, semelhante a muitos outros acordos, foi esquecido. Pelo menos por enquanto.

Exercício

Responda.

1) A partir de 1990 que medidas o Brasil passa a adotar, e porque?

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2) Como a ampla abertura do mercado afetou as empresas nacionais?

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3) Como a privatização de empresas nacionais, afetou a economia brasileira?

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Gabarito.

1) O Brasil passa adotar ideais neoliberais, abrindo o seu mercado interno, para a entrada de mercadorias e de investimentos externos. A idéia era ter o capital estrangeiro como ajuda para retomar ao crescimento econômico.

2) A oferta de produtos importados começou a crescer e com um preço bem mais baixo. Em uma década as multinacionais dobraram sua participação na economia brasileira, e muitas empresas nacionais não se adaptaram, e começaram a fechar. Ao passo que outras se associaram com as multinacionais.

3) A privatização ocorreu em vários setores estratégicos no Brasil, mais isso não ajudou a elevar as taxas de crescimento econômico. O que simplesmente ocorreu foi a substituição das empresas nacionais pelo capital etrangeiro.




Geografia - Agricultura I

A Revolução na Agricultura Brasileira - Entre 1990 e 2002, o PIB agropecuário cresceu numa média de 3,2%, enquanto a economia como um todo ficou em 2,7%.

Ciclos Econômicos
Uma das maneiras de contar a história do Brasil é pelos ciclos agrícolas que se sucederam na terra onde se plantando tudo dá. Do extrativismo primitivo do pau-brasil, nos primórdios da colonização, ao moderno agronegócio atual, cada ciclo criou sua civilização brasileira. A marca registrada de quase todas elas foi ter se erguido sobre monoculturas, quase sempre motivadas por bolhas artificiais de demandas externas que, uma vez estouradas, deixavam os agricultores nacionais quebrados. Foi assim sucessivamente com o pau-brasil, com a cana-de-açúcar e com o café. Em sua História das Civilizações, o francês Fernand Braudel (1902-1985) relata esses períodos de prosperidade exuberante logo seguidos de frustração e pobreza, não apenas no Brasil, mas em toda a América Latina. "Essa realidade abrupta, instável e imprevisível sempre teve o poder destrutivo de desestabilizar toda a economia dos países", escreveu Braudel, para concluir, em seguida: "Os países latino-americanos só vão conseguir romper a condenação desses ciclos quando unirem agricultura movida a pesquisa, máquinas e grandes investimentos".

O Moderno Agronegócio Brasileiro é justamente a feliz reunião de alta tecnologia, equipamentos de ponta e crédito farto. Por essa conjunção de fatores, o campo brasileiro reúne as condições materiais para escapar da maldição dos ciclos que tantas cicatrizes deixaram na história econômica das Américas. A atual civilização do campo reflete a solidez da base material sobre a qual está plantada. Da fronteira com o Uruguai ao Oiapoque, a agricultura e a pecuária possuem vários níveis de desenvolvimento e tamanho, mas uma característica em comum. As áreas de excelência ligadas ao mercado externo crescem em toneladas produzidas e em riqueza gerada a cada ano. Partes dos três Estados do Sul, de São Paulo, de Minas Gerais, da Região Centro-Oeste e de áreas cada vez maiores do Nordeste são uma das principais locomotivas da economia. Produzem, empregam, exportam, consomem e dão forma a uma nova civilização.

A Zona Rural Globalizada : O novo avanço do setor exportador baseado no agronegócio está modificando as linhas da fronteira do que antes separava o mundo rural do mundo urbano. O sucesso do agronegócio fez com que o atrasado de ontem se tornasse o globalizado de hoje. O agricultor de soja perdido no interior de Mato Grosso está mais próximo do Primeiro Mundo, a cujas bolsas de mercadorias ele se liga instantaneamente por internet, do que a dona-de-casa que compra uma lata de óleo de soja na prateleira de um supermercado da capital.

Uma Economia Sem Crise : Entre 1990 e 2002, o PIB agropecuário cresceu numa média de 3,20%, enquanto a economia como um todo ficou em 2,70%. Nos últimos cinco anos, o ritmo de crescimento do setor foi quase o dobro do registrado pelo país. Os agricultores brasileiros são os mais competitivos na produção de açúcar, soja, algodão e laranja. O país já é o maior exportador mundial de carne bovina e de frango. Junto, o agronegócio representa cerca de 35% da economia brasileira. O Brasil só não é o maior exportador de produtos agrícolas do mundo porque os Estados Unidos e a União Européia entopem seus produtores de subsídios e depois despejam seus produtos no mercado internacional.

Todos Saem Ganhando : Os beneficiários da riqueza que sai do solo extrapolam em muito o universo das fazendas. Como as fazendas são cada vez mais dependentes da tecnologia de ponta e da gestão eficiente, a lista dos favorecidos inclui um contingente crescente da classe média. São especialistas em software, engenheiros, administradores, representantes de companhias de comércio exterior e empresas de máquinas e serviços agrícolas. Também faturam vendendo para quem ganhou dinheiro com o agronegócio. São os donos e empregados de restaurantes, universidades, construtoras e de vários outros empreendimentos que crescem a reboque.

Outro Mundo : Nos pólos agrícolas bem-sucedidos de todas as regiões brasileiras, a lógica é diferente da das capitais. As altas do dólar são sempre comemoradas porque significam mais reais por tonelada vendida. A visão de mundo é diferente. Uma grande quebra de safra de açúcar na Austrália, de soja nos Estados Unidos, de café no Vietnã ou de algodão no Paquistão – que sempre passa despercebida nas metrópoles – é motivo de festa no interior.


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Fonte:Texto original revista Veja ed 1873 - 29 set de 2004
Tema Relacionado: A Revolução na Agricultura Brasileira - Parte II






Geografia
A Revolução na Agricultura Brasileira - Parte II
No agronegócio, o Brasil é respeitado e temido como uma grande potência
Adaptação para aulas de Geografia : O Brasil atingiu o atual grau de excelência porque, além de investir pesadamente em tecnologia, conta com fazendeiros que administram suas propriedades como se fossem empresas. Os produtores voltados ao mercado externo estão conectados, muitos de forma simultânea, com o resto do Brasil e do mundo. Trabalham com os olhos nas telas do computador, seja para acompanhar os preços na Bolsa de Chicago, seja para planejar novas estratégias e investimentos. Não basta saber plantar e colher. Para ter lucro, é necessário ser bom em todas as etapas: na compra de insumos, na produção e na comercialização.

Tecnologia : Um número crescente de empresários do campo examina suas lavouras palmo a palmo, digita informações sobre as condições das plantas e do solo num computador e, com a ajuda de um aparelho de GPS, que dá as coordenadas de latitude e longitude via satélite, registra o local exato. Essa leitura precisa permite dar o tratamento necessário a cada área da propriedade.

O Novo Império Agrícola : No agronegócio, o Brasil é respeitado e temido como uma grande potência. A civilização do campo, plugada na internet, remunerada em dólar e umbilicalmente ligada ao mundo exterior, é a mais alvissareira mudança na topografia econômica brasileira em muitas décadas. O Brasil é reconhecido como o país que desenvolveu o melhor pacote de tecnologias para regiões tropicais. O agronegócio se vale de uma tecnologia que faz inveja até aos americanos.

Mato Grosso é o epicentro da atual revolução do agronegócio. O Estado é o primeiro na produção de soja, algodão e carne bovina e o segundo maior em arroz. Cresce a taxas de tigre asiático, cerca de 8% ao ano. Em função deste crescimento é o estado que mais desmata para abrir espaço à fronteira agrícola chamando a atenção da opinião pública internacional. Um grupo de ONGs vem tentando convencer o Banco Mundial a não financiar a expansão de empresas no leste de Mato Grosso.

Johanna Döbereiner - Graças à técnica desenvolvida pela pesquisadora e sua equipe, o Brasil é o segundo produtor de soja, atrás apenas dos EUA

Johanna Döbereiner que nasceu no que então era a Checoslováquia e formou-se em Agronomia pela Universidade de Munique e chegou ao Brasil em 1950. Tornou-se uma das agrônomas de maior influência no país. Graças, em grande parte, ao resultado de seus estudos, hoje o Brasil figura como o segundo maior produtor de soja do mundo. Em sua pesquisa Johanna Döbereiner, descobriu que bactérias poderiam ser utilizadas para diminuir a necessidade de gastos com adubos químicos. A descoberta permitiu a expansão de culturas subtropicais em direção ao Equador. O trabalho de centros de excelência como a Embrapa manteve o país na vanguarda da pesquisa.
A técnica de fixação biológica de nitrogênio tornou a soja brasileira mais barata que a de qualquer outro país. Graças à pesquisa desenvolvida pelo grupo de Johanna Döbereiner o Brasil se tornou o segundo maior produtor do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. "Hoje, produzimos soja em condições mais adversas que a de outros países e usando menos fertilizantes. Isso faz com que a produção fique entre 20% e 25% mais barata que a dos EUA", diz o pesquisador Avílio Franco, da Embrapa Agrobiologia. Segundo o pesquisador, com a técnica, o Brasil economiza cerca de 6 bilhões de reais no ano, ao deixar de consumir toneladas de adubos nas lavouras.


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Fonte:Texto original revista Veja ed 1873 - 29 set de 2004
Tema Relacionado: A Revolução na Agricultura Brasileira

Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, também conhecido pela sigla MST, é um movimento social brasileiro de inspiração marxista, cujo objetivo é a realização da reforma agrária no Brasil.
O MST teve origem na década de 1970. Defendem eles que a expansão da fronteira agrícola, os megaprojetos, dos quais as barragens são o exemplo típico - e a mecanização da agricultura contribuíram para eliminar as pequenas e médias lavouras e concentrar a propriedade da terra.
Paralelamente, o modelo de reforma agrária adotado pelo regime militar priorizava a "colonização" de terras devolutas em regiões remotas, tais como as áreas ao longo da rodovia Transamazônica, com objetivo de "exportar excedentes populacionais" e favorecer a integração do território, considerada estratégica. Esse modelo de colonização revelou-se, no entender do movimento, inadequado e eventualmente catastrófico para centenas de famílias, que acabaram abandonadas, isoladas em um ambiente inóspito, condenadas a cultivar terras que se revelaram impróprias ao uso agrícola.
Nessa época, intensificou-se o êxodo rural, com a migração de mais de 30 milhões de camponeses para as cidades, atraídos pelo desenvolvimento urbano e industrial, durante o chamado "milagre brasileiro". Grande parte deles ficou desempregada ou subempregada, sobretudo no início anos 1980, quando a economia brasileira entrou em crise. Alguns tentaram resistir na cidade e outros se mobilizaram para voltar à terra. Desta tensão, movimentos locais e regionais se desenvolveram na luta pela terra.
Em 1984, apoiados pela Comissão Pastoral da Terra, representantes dos movimentos sociais, sindicatos de trabalhadores rurais e outras organizações reuniram-se em Cascavel, Paraná, no 1º Encontro Nacional dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, para fundar o MST. [1]
Apesar de os movimentos organizados pela reforma agrária no Brasil serem relativamente recentes, remontando apenas às ligas camponesas- associações de agricultores que existiam durante as décadas de 1950 e 1960 - o MST entende-se como herdeiro ideológico de todos os movimentos de base social camponesa ocorridos desde que os portugueses entraram no Brasil, quando a terra foi dividida em sesmarias por favor real, de acordo com o direito feudal português, o que excluiu em princípio grande parte da população do acesso direto à terra. Contrariamente a esse modelo concentrador da propriedade fundiária, o MST declara buscar a redistribuição das terras improdutivas.



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domingo, 25 de outubro de 2009

Hidrografia

HIDROGRAFIA:
A hidrografia é o ramo da geografia física que estuda as águas do planeta, abrangendo portanto rios, mares, oceanos, lagos, geleiras, água do subsolo e da atmosfera. A grande parte da reserva hídrica mundial (mais de 97%) concentra-se em oceanos e mares, com um volume de 1.380.000.000 km³. Já as águas continentais representam pouco mais de 2% da água do planeta, ficando com um volume em torno de 38.000.000 km³.
Hidrografia do Brasil
O Brasil tem um dos maiores complexos hidrográficos do mundo, apresentando rios com grandes extensões, larguras e profundidades. A maioria dos rios brasileiros nasce em regiões pouco elevadas, com exceção do rio Amazonas e de alguns afluentes que nascem na cordilheira dos Andes. O Brasil possui 8% de toda a água doce que está na superfície da Terra. Além disso, a maior bacia fluvial do mundo, a Amazônica, também fica no Brasil. Somente o rio Amazonas deságua no mar um quinto de toda a água doce que é despejada nos oceanos.

Rios de planalto e de planície
Devido à natureza do relevo, no Brasil predominam os rios de planalto, que apresentam rupturas de declive, vales encaixados, entre outras características, que lhes conferem um alto potencial para a geração de energia elétrica. Encachoeirados e com muitos desníveis entre a nascente e a foz, os rios de planalto apresentam grandes quedas-d’água. Assim, em decorrência de seu perfil não regularizado, ficam prejudicados no que diz respeito à navegabilidade. Os rios São Francisco e Paraná são os principais rios de planalto.

Em menor quantidade, temos no Brasil os rios que correm nas planícies, sendo usados basicamente para a navegação fluvial, por não apresentarem cachoeiras e saltos em seu percurso. Como exemplo, podem ser citados alguns rios da bacia Amazônica (região Norte) e da bacia Paraguaia (região Centro-Oeste, ocupando áreas do Pantanal Mato-Grossense). Entre os grandes rios nacionais, apenas o Amazonas e o Paraguai são predominantemente de planície e largamente utilizados para a navegação.

Apesar da maioria dos rios brasileiros nunca secar, alguns apresentam características curiosas, como por exemplo o Jagauribe (Ceará), que desaparece nas secas, e o Paraguaçu (Bahia), que se torna subterrâneo e depois volta a ficar visível.
Rio de planalto
Rio de planície


Bacias hidrográficas
Uma bacia hidrográfica é um conjunto de terras drenadas por um rio principal, seus afluentes e subafluentes. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) classifica os rios em nove bacias. São elas:

Bacia do Amazonas - É a maior bacia hidrográfica do mundo, com 7.050.000 km², sendo mais da metade localizado em terras brasileiras. Abrange também terras da Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname. Seu rio principal, o Amazonas, nasce no Peru com o nome de Vilcanota e recebe posteriormente os nomes de Ucaiali, Urubamba e Marañon. Quando entra no Brasil, passa a se chamar Solimões e, após o encontro com o Rio Negro, perto de Manaus, recebe o nome de Rio Amazonas.

Bacia do Nordeste* - Abrange diversos rios de grande porte e de significado regional, como: Acaraú, Jaguaribe, Piranhas, Potengi, Capibaribe, Una, Pajeú, Turiaçu, Pindaré, Grajaú, Itapecuru, Mearim e Parnaíba. O rio Parnaíba forma a fronteira dos estados do Piauí e Maranhão, desde suas nascentes na serra da Tabatinga até o oceano Atlântico, além de representar uma importante hidrovia para o transporte dos produtos agrícolas da região.

Bacia do Tocantins-Araguaia - Com uma área superior a 800.000 km2, a bacia do rio Tocantins-Araguaia é a maior bacia hidrográfica inteiramente situada em território brasileiro. O rio Tocantins nasce na confluência dos rios Maranhão e Paraná (GO), enquanto o Araguaia nasce no Mato Grosso. Localiza-se nessa bacia a usina de Tucuruí (PA), que abastece projetos para a extração de ferro e alumínio.

Bacia do Paraguai - Destaca-se por sua navegabilidade, sendo bastante utilizada para o transporte de carga. Assim, torna-se importante para a integração dos países do Mercosul.. Suas águas banham terras brasileiras, paraguaias e argentinas.

Bacia do Paraná - É a região mais industrializada e urbanizada do país. Na bacia do Paraná reside quase um terço da população brasileira, sendo os principais aglomerados urbanos as regiões metropolitanas de São Paulo, Campinas e de Curitiba. O rio Paraná, com aproximadamente 4.100 km, tem suas nascentes na região Sudeste, separando as terras do Paraná do Mato Grosso do Sul e do Paraguai. O rio Paraná é o principal curso d'água da bacia, mas também são muito importantes os seus afluentes e formadores, como os rios Grande, Paranaíba, Tietê, Paranapanema, Iguaçu, dentre outros. Essa bacia hidrográfica é a que tem a maior produção hidrelétrica do país, abrigando a maior usina hidrelétrica do mundo: a Usina de Itaipu, no Estado do Paraná, projeto conjunto entre Brasil e Paraguai.

Bacia do São Francisco - Nasce em Minas Gerais, na serra da Canastra, atravessando os estados da Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. O Rio São Francisco é o principal curso d'água da bacia, com cerca de 2.700 km de extensão e 168 afluentes. De grande importância política, econômica e social, principalmente para a região nordeste do país, é navegável por cerca de 1.800 km, desde Pirapora, em Minas Gerais, até a cachoeira de Paulo Afonso. O principal aglomerado populacional da bacia do São Francisco corresponde à Região Metropolitana de Belo Horizonte, na região do Alto São Francisco.

Bacia do Sudeste-Sul* - É composta por rios da importância do Jacuí, Itajaí e Ribeira do Iguape, entre outros. Os mesmos possuem importância regional, pela participação em atividades como transporte hidroviário, abastecimento d'água e geração de energia elétrica.

Bacia do Uruguai - É formada pelo rio Uruguai e por seus afluentes, desaguando no estuário do rio da Prata, já fora do território brasileiro. O rio Uruguai é formado pelos rios Canoas e Pelotas e serve de divisa entre os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Faz ainda a fronteira entre Brasil e Argentina e entre Argentina e Uruguai. Deságua no oceano após percorrer 1.400 km. A região hidrográfica do Uruguai apresenta um grande potencial hidrelétrico, possuindo uma das maiores relações energia/km² do mundo.

Bacia do Leste* - Assim como a bacia do nordeste, esta bacia possui diversos rios de grande porte e importância regional. Entre eles, temos os rios Pardo, Jequitinhonha, Paraíba do Sul, Vaza-Barris, Itapicuru, das Contas, Paraguaçu, entre outros. O rio Paraíba do Sul, por exemplo, situa-se entre os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, apresentando ao longo do seu curso diversos aproveitamentos hidrelétricos, cidades ribeirinhas de porte e indústrias importantes, como a Companhia Siderúrgica Nacional.
Maiores bacias hidrográficas
Nome, localização e área (km²):
Bacia Amazônica, Brasil, 7.050.000;
Bacia do Congo, Zaire, 3.690.000;
Bacia do Mississippi, EUA, 3.328.000;
Bacia do Rio da Prata, Brasil, 3.140.000;
Bacia do Obi, Federação Russa, 2.975.000;
Bacia do São Francisco, Brasil, 2.700.000;
Bacia do Nilo, Egito, 2.867.000;
Bacia do Ienissêi, Federação Russa, 2.580.000;
Bacia do Níger, Nigéria, 2.092.000;
Bacia de Amur, Federação Russa, 1.855.000;
Bacia do Rio Amarelo, China, 1.807.199.

Os maiores oceanos do mundo são os seguintes
Nome, área (km²) e profundidade máxima (m):
Oceano Pacífico, 179.700.000, 11.020;
Oceano Atlântico, 106.100.000, 7.758;
Mar Glacial Ártico, 14.090.000, 5.450;
Mar do Caribe (ou Mar das Caraíbas), 2.754.000, 7.680;
Mar Mediterrâneo, 2.505.000, 5.020;
Mar da Noruega, 1.547.000, 4.020;
Golfo do México, 1.544.000, 4.380;
Baía de Hudson, 1.230.000, 259;
Mar do Norte, 580.000, 237;
Mar Negro, 413.000, 2.243;
Mar Báltico, 420.000, 463;
Mar da China Meridional, 3.447.000, 5.560;
Mar de Okhotsk, 1.580.000, 3.372;
Mar de Bering, 2.270.000, 4.191;
Mar da China Oriental, 752.000 2.720;
Mar Amarelo, 417.000, 105;
Mar do Japão, 978.000, 4.230;
Oceano Índico, 74.900.000, 7.450;
Golfo de Bengala, 2.172.000, 5.258;
Mar Vermelho, 440.000, 2.600.
Maiores rios

Amazonas, Brasil, 6.868, Oceano Atlântico;
Nilo, Egito, 6.671, Mar Mediterrâneo;
Xi-Jiang, China, 5.800, Mar da China;
Mississippi-Missouri, EUA, 5.620, Golfo do México;
Obi, Federação Russa, 5.410, Golfo de Obi;
Ártico Huang Ho, China, 4.845, Mar Amarelo;
Rio da Prata, Argentina, 4.700, Oceano Atlântico;
Mekong, China, 4.500, Mar da China;
Amur, Federação Russa, 4.416, Estreito da Tartária;
Lená, Federação Russa, 4.400, Mar de Laptev/Ártico.
Fonte: Atlante Geografico di Agostini.

Segundo a "Folha de São Paulo", de 03/07/2008, baseada em pesquisa utilizando imagens de satélite, o Rio Amazonas é o maior rio do mundo, não só em volume d'água, bem como em extensão, estabelecida em 6.992,06 km. O rio Nilo "perdeu" o 1º lugar ficando com sua extensão fixada em 6.852,15. A diferença a favor do Amazonas é de 140 km.] Maiores lagos
Na seqüência, os maiores lagos do mundo - Nome, localização, área km² e profundidade máxima

Mar Cáspio, Oeste da Ásia e Leste da Europa, 371.000, 1.025;
Lago Superior, EUA/Canadá, 84.131, 406;
Vitória, Uganda/Tanzânia/Quênia, 68.100, 73;
Huron, EUA/Canadá, 61.797, 229;
Michigan, EUA, 58.016, 281;
Mar de Aral, Cazaquistão/Uzbequistão, 41.000, 68;
Tanganica, Congo (ex-Zaire)/Zâmbia/Burundi/Tanzânia, 32.893, 1435;
Grande Urso, Canadá, 31.792, 90;
Baikal, Federação Russa, 31.500, 1.620;
Malauí (Niassa), Zimbábue/Malauí/Moçambique, 30.800, 678.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)

Morar em uma cidade ou país com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) significa ter melhores oportunidades econômicas, sociais, culturais e políticas. O inverso também serve para as localidades com IDH baixo. Em 2010, o índice completa vinte anos de existência. Nesse período, vários países oscilaram nos critérios de avaliação do ranking, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O Brasil foi um deles. Somente em 2007, o país conseguiu entrar pela primeira vez no grupo de nações consideradas de alto desenvolvimento humano. Entretanto, cidades brasileiras avaliadas pelo PNUD continuam mostrando que ainda há muito o que melhorar. Saiba como esse índice surgiu e qual seu objetivo.

1-Para que serve o IDH?O IDH é uma medida das condições básicas de vida de uma sociedade, com ênfase nos elementos que podem ser amplamente comparados para a maior parte dos países do mundo. O IDH não é um índice de qualidade de vida e, sim, uma medida de condições que determinam possibilidades básicas de vida para os indivíduos, tais como saúde, conhecimento e padrão de vida. Na prática, o IDH é usado para avaliar o nível de desenvolvimento dos países, estados e localidades. Serve como meio de distribuição de recursos em programas governamentais.

2-Quem criou o IDH? O Índice de Desenvolvimento Humano foi criado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em 1990, a partir do trabalho de dois economistas, o paquistanês Mahbub Ul Haq e o indiano Amartya Sem. O índice nasceu para servir como uma medida alternativa de desenvolvimento em contraposição ao mero uso do Produto Interno Bruto (PIB) dos países.

3-Quantos países participam do IDH?No último cálculo, divulgado no final de 2008, 179 países e territórios foram incluídos.

4-Qual é a sua periodicidade?O IDH internacional é calculado todos os anos, tomando como base dados de saúde, educação e renda per capita de dois anos anteriores, para assegurar a inexistência de erros de cálculo e a inclusão da maior parte dos países. No caso do Brasil, o IDH municipal é calculado com base em dados censitários a cada dez anos.
5-Quanto tempo dura a análise dos dados?Cerca de cinco meses.

6-O IDH trabalha com temas?Existe uma família de índices IDH, tais como o Índice de Pobreza Humana (IPH) ou o Índice de Desenvolvimento Corrigido por Gênero (IDG) que enfatizam aspectos particulares do desenvolvimento. A metodologia seguida pela família de índices IDH é ter vários indicadores simples que enfoquem temas particulares, como pobreza e gênero, ao invés de tentar a obtenção de um índice generalizado para tudo.

7-Para que servem esses temas?O IDH, assim como o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), serve para informar governos e sociedades sobre temas considerados importantes para o desenvolvimento humano. Ele procura ser prático, gerando informações que possam ser transformadas em políticas sociais ou apropriadas por agentes sociais.

8-Como é feita a escolha dos temas?Normalmente, os relatórios de desenvolvimento humano internacionais são feitos através de consultas a especialistas em todo o mundo referentes aos temas decididos internamente. Os relatórios nacionais possuem padrões diversos, com alguns países escolhendo os temas via consultas à sociedade, enquanto outros escolhem internamente.
9-Qual a diferença entre o IDH mundial e o brasileiro?Não existe diferença no cálculo, apenas nos dados utilizados na operação. No caso do Brasil, os dados são censitários, no mundial, os dados são fornecidos pelo setor de População das Nações Unidas, Unesco e Banco Mundial & Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O IDH é uma medida comparativa que engloba três dimensões: riqueza, educação e esperança média de vida. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, Na edição de 2009, o IDH avaliou 182 países, com a inclusão de Andorra e Liechtenstein pela primeira vez, e a volta do Afeganistão, que havia saído do índice em 1996.
A Noruega continuou no topo da lista, seguida pela Austrália e Islândia. Serra Leoa, Afeganistão e Níger são os três últimos e apresentam os piores índices de desenvolvimento humano.
o Brasil entrou pela primeira vez para o grupo de países com elevado desenvolvimento humano, com um índice medido em 0,800 no ano de 2005. Em 2006, obteve uma melhora no índice de 0,007 com uma pontuação de 0,807. No ano de 2009 encontra-se na 75ª colocação mundial, com um índice de 0,813 valor considerado de alto desenvolvimento humano.

Mapa de estados do Brasil segundo o IDH de 2005.
██ 0,800 – 0,900 (Elevado)
██ 0,700 - 0,799 (Médio-alto)
██ 0,600 - 0,699 (Médio-baixo)
Há muitas controvérsias quanto ao relatório de 2007 divulgado pelas Nações Unidas. Muitas instituições afirmam que o Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil possa estar errado e que o correto seria de 0,802 a 0,808. O motivo seria a não atualização de vários dados relativos ao Brasil por parte da organização. O primeiro dado seria o do PIB per capita, que atualizando as revisões do IBGE seria de US$ 9.318 e o índice saltaria para algo entorno de 0,806. Outro dado é a taxa de alfabetização, que evoluiu 88,6% para 89,0%, isso significaria uma elevação de 0,003 no índice final. E há ainda um problema estatístico, a renda per capita de 2005 foi calculada com base em uma projeção de população de 184 milhões de brasileiros. Mas a Contagem Nacional da População, feita recentemente pelo instituto, revelou que apenas em 2007 o país atingiu este número de habitantes. Se isso for levado em conta, com menos gente para repartir o PIB, a renda per capita subirá, e o índice ganhará um acréscimo de 0,002.
Mesmo assim, o Brasil continua a ser internacionalmente conhecido por ser uma das sociedades mais desiguais do planeta, onde a diferença na qualidade de vida de ricos e pobres é imensa. Mas dados estatísticos recentes, contidos na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o quadro começa a se alterar. Entre 2001 e 2004 a renda dos 20% mais pobres cresceu cerca de 5% ao ano enquanto os 20% mais ricos perderam 1%. Nesse mesmo período houve queda de 1% na renda per capita e o Produto Interno Bruto (PIB) não cresceu significativamente. A explicação dos economistas brasileiros e também de técnicos do Banco Mundial para a redução das desigualdades está nos programas de distribuição de renda, como o Bolsa Família. No entanto, como mais de dois terços dos rendimentos das famílias brasileiras provém do trabalho assalariado, há necessidade de crescimento da economia e do mercado de trabalho.
Educação
Na área de educação, o Brasil tem melhor desempenho que a média mundial e regional. No relatório 2007, o país ficou com um índice de alfabetização adulta de 88,6% (64ª colocação mundial, logo abaixo dos Emirados Árabes Unidos e logo acima de São Vicente e Granadinas), índice igual ao encontrado em 2004, por conta das Nações Unidas não ter atualizado os dados. Segundo o IBGE, a taxa de alfabetização adulta evoluiu de 88,6% para 89,0% no período. O relatório captou, porém, um aumento no percentual de pessoas em idade escolar dentro das escolas e universidades, de 86,0% em 2004 para 87,5% em 2005 (36ª colocação mundial, logo abaixo da Alemanha e acima de Singapura).
Longevidade
Na área de longevidade, o Brasil vem conquistando grandes avanços nos últimos anos. A expectativa de vida em 2005 foi estimada em 71,7 anos ao nascer (79ª colocação mundial, logo abaixo da Jordânia e acima da Armênia) segundo o relatório. Em 2004, o índice era estimado em 70,8 anos ao nascer, e, em 2000, 67,7 anos. A esperança de vida brasileira supera a média global. Esse aumento da longevidade é um indicativo de melhoras no acesso a alimentação, saúde e saneamento. Por fim, também a renda influi no cálculo do desenvolvimento humano, sendo no que o Brasil mais precisa melhorar. O último relatório das nações unidas apresenta um PIB per capita (PPC) de US$ 8,402 (67ª colocação mundial, logo abaixo da Turquia e acima da Tunísia). Com isso, a renda dos brasileiros aumentou, entre 2004 e 2005, de US$ 8.195 PPC para US$ 8.402 PPC. O que causa controvérsia pois as Nações Unidas não atualizaram as revisões do IBGE e continuam usando os métodos do chamado "Velho PIB". Com uma revisão de cálculos em Março de 2007, o IBGE descobriu que o país era 10,9% mais rico do que se imaginava, mudando assim uma série de dados, entre eles o PIB per capita que deveria ser de US$ 9.318.

sábado, 20 de junho de 2009

GEOGRAFIA

A Geografia é uma ciência, cujo objetivo é o estudo da superficie terrestre, da distribução espacial e das relações recíprocas dos fenômenos físicos, biológicos e sociais que nela se manifestam.

A geografia física focaliza-se na geografia como uma ciência terrestre, e seu objetivo é o estudo da parte física da Terra, seu clima e padrões regionais de fauna e flora. Já a geografia humana focaliza-se nas ciências sociais, estudando os aspectos econômicos, sociais, culturais e políticos do mundo. Cada uma dessas orientações é uma visão do mundo, e cada geografia particular privilegia este ou aquele aspecto.

Os geógrafos não apenas investigam estes aspectos físico-sociais da Terra como também os porquês destes aspectos e as possíveis consequências destes aspectos para o ambiente.

A geografia pode melhor ser estudada como ciência interdisciplinar, envolvendo as outras ciências, tais como biologia, ecologia, matemática, sociologia, química, física, etc, pois todos estes conhecimentos são necessários para um entendimento mais abrangente do espaço e das relações humanas. Nesta linha de pensamento, até mesmo a divisão entre geografia física e humana torna-se questionável, pois as relações humanas interferem no espaço.

A Geografia Social tem como objectivo desenvolver o estudo dos fatos e dos problemas sociais em termos de sua localização e manifestações espaço-territoriais.O estudo dos grupos sociais no território estabelece três grupos de problemas para a Geografia Social: a definição dos que são significantes no espaço, a análise das suas actividades e a avaliação dos impactos do produto das interações sociais.



A geografia não diferentemente das outras ciências vem sido construida á partir de propositos que levam como principal objetivo a ajuda prioritária as mais diversas classes sociais, e é esse um pensamento e um modo de ser que cresce constantemente em decorrência das diversas transformações sofridas pela sociedade, o que faz com que o ser humano seja constantemente obrigado a agir quando se vê contra ou a favor de determinado ponto que a ele seja certo ou errado dependendo de qual classe ele pertença. o pensamento social produzido sempre estará contra ou a favor de determinada classe, visto que as diversos tipos sociais nem sempre previlegiam todas as camadas sociais, assim sempre algumas classes terão que lutar para igular- se diante da socierdades.